
Dia Mundial da Conservação da Natureza

28 julho 2020
Dia da Conservação
No dia 28 de Julho celebra-se o dia mundial da conservação da natureza.
E o que é a conservação no âmbito da Ecologia?
A definição é tão complexa como o trabalho que se faz.
A conservação tem como objectivo a protecção da biodiversidade e dos ecossistemas terrestres e marinhos.
Os recursos naturais do planeta são essenciais à Vida. Recursos como a energia solar, o ar, a água, doce e marinha, o solo, com os seus nutrientes inorgânicos e os seus microrganismos, permitem a viabilidade de vidas complexas neste planeta rochoso. Cada espécie, cada molécula é essencial e todas fazem parte de um sistema funcional no qual tudo é necessário.
No entanto, a crescente população humana tem colocado uma elevada pressão nestes recursos, com a consequente alteração do funcionamento de diversos ecossistemas e à extinção (não natural) de muitas espécies.
A Terra perdeu e continua a perder a sua biodiversidade. Os principais factores determinantes desta perda tem “mão” humana, tais como as emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera, a invasão e destruição de habitats, a poluição (sonora, luminosa, gasosa, material), a sobre-exploração (que já levou à extinção de algumas espécies quer de forma directa ou indirecta), a introdução e proliferação de espécies invasoras, entre outras.
A conservação tem por objectivo a preservação e utilização sustentável dos recursos naturais. De forma simples, é o uso controlado e equilibrado da natureza de forma a contribuir para a coexistência equilibrada. E isso só pode ser realizado com o conhecimento sobre a biologia e a ecologia das espécies e dos ecossistemas onde habitam.
Um exemplo concreto de políticas de conservação é a criação de áreas protegidas de forma a evitar que a pressão do ser humano interfira com o equilíbrio natural.
Tendo em consideração que a taxa de extinção de espécies está em aceleração é urgente tomar medidas que salvaguardem a biodiversidade do planeta Terra.
Para melhor conhecer o que é a conservação, e nomeadamente a conservação que se faz em Portugal e em países de língua oficial portuguesa, convidámos alguns dos nossos jovens investigadores a partilharem o seu trabalho e a denunciarem quais as dificuldades e entraves que mais encontram ao estudar e trabalhar com a conservação da natureza. Foram estas as questões que lhes colocámos.
1. Como descreveria o seu projecto?
2. Como gostaria de contribuir para o futuro da conservação em Portugal e países de língua oficial portuguesa?
3. Que dificuldades encontra para prosseguir os seus trabalhos? E quais os entraves que prevê no seu futuro em conservação?
Texto de Inês Reis dos Santos com revisão de Maria Amélia Martins-Loução
Bárbara Matos
Bárbara Matos é aluna de doutoramento do programa doutoral BIODIV da Universidade de Lisboa, estando a desenvolver a sua investigação no cE3c - Centro de Ecologia Evolução e Alterações Ambientais, com o grupo de Conservação em Ecossistemas Socio-Ecológicos, investiga, principalmente o comportamento e a conservação de mamíferos marinhos.
O seu projecto doutoramento é sobre Cetáceos de Portugal!
Já trabalhou com cetáceos fora de Portugal, e gostaria de contribuir mais para o avanço do conhecimento destes animais no seu país.
Catarina Pinho
Catarina Pinho é aluna de Doutoramento em Biodiversidade, Genetica e Evolução no CIBIO-InBIO - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos.
Fernanda Garcia
Fernada Garcia é aluna no CFE - Centro de Ecologia Funcional, no grupo "Soil and Freshwater Stress Ecology" e investiga, maioritariamente veados (Cervus elaphus).
Fernando Madeira
Fernando Madeira é aluno de doutoramento do programa doutoral BIODIV da Universidade de Lisboa, estando a desenvolver a sua investigação no cE3c - Centro de Ecologia Evolução e Alterações Ambientais no grupo de Ecologia da Conservação, e o sua pesquisa incide no estudo de ecologia e conservação de répteis e anfíbios.
Filipe Rocha
Filipe Rocha é aluno de doutoramento do programa doutoral BIODIV e investigador no CIBIO-InBIO - Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos.
João Gameiro é investigador e estudante de doutoramento em Biodiversidade, Genética e Evolução no programa doutoral BIODIV da Universidade de Lisboa, estando a desenvolver a sua investigação no cE3c - Centro de Ecologia Evolução e Alterações Ambientais no grupo de Biodiversidade Tropical e Mediterrânea.
Teresa Santos
Teresa Santos é aluna de doutoramento do programa doutoral BIODIV da Universidade de Lisboa, estando a desenvolver a sua investigação no cE3c - Centro de Ecologia Evolução e Alterações Ambientais, no grupo de Genética Evolutiva.