O Fungo, por Pedro de Sousa Serafim

Unindo criatividade e sensibilidade, a arte é uma ferramenta de divulgação em ecologia, tanto pela capacidade de emocionar e comunicar, como pelo estímulo à mudança de comportamento em prol de um planeta mais sustentável. São vários os exemplos que se conhecem desta ligação arte/ambiente a fim de aumentar a sensibilidade das pessoas para o nosso desligar da natureza.

Quando incorporada em encontros de ecologia, actua como eco sensível que revela e potencializa emoções, valores e percepções ambientais, ampliando o alcance e a profundidade das discussões. Foi este o mote que nos levou a abrir portas a esta exposição de Pedro de Sousa Serafim, escultor e mestrando de Escultura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.

O conjunto de trabalhos desta mostra elucidativa do seu trabalho e das suas preocupações ecológicas, aborda o surgimento da vida e de como os fungos e a sua presença fazem parte dela. Desde a crença Azteca, ao papel que desempenharam nas civilizações da Grécia Antiga, Índia e Mesoamérica, os fungos têm um papel fundamental na evolução humana e eram já considerados e representados como símbolos sagrados.

Utilizando o fungo como base de representação, pretende questionar o nosso individualismo enquanto espécie e novos modos de pensar e agir entre espécies. Exposta na sala contígua ao evento do 24º ENE, estará aberta para deleite de todos, contando com a presença do artista especialmente às horas de pausa para café.