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"Os desafios que a biodiversidade enfrenta", por Maria Amélia Martins-Loução

"O ser humano, embora destrutivo e egoísta, continua a ser inovador e criativo. No Dia Internacional da Biodiversidade é importante reflectir no que estamos a decidir, sem medir as consequências".


Maria Amélia Martins-Loução, Presidente da SPECO, escreveu um artigo de opinião no Jornal Público no âmbito do Dia Internacional da Biodiversidade.


"Todos os anos, o dia internacional da biodiversidade é comemorado. São inúmeros os eventos oferecidos por autarquias, organizações não-governamentais do ambiente, museus ou centros de ciência viva. Debates, bioblitz, apresentações de livros, reportagens nos jornais, cobrem todos os gostos, horários e diversidade de locais. Actualmente, não se pode dizer que há um défice de informação sobre biodiversidade: há imediatismo nas notícias sobre a descoberta de novas espécies, ou nos desastres ambientais colocando em perigo as espécies. As aplicações disponíveis que facilitam a identificação das plantas, das aves, dos insectos estão já no mercado, o que facilita a curiosidade e o interesse do cidadão a perceber e a conhecer o que vê ao seu redor. A ciência cidadã veio permitir uma maior abertura e participação da sociedade no processo científico, através do envolvimento e trabalho conjunto com os investigadores. O conhecimento está, assim, cada vez mais difundido, contribuindo para a melhor compreensão sobre a fauna e flora do nosso país.


Apesar de tantos aspectos positivos, a biodiversidade continua a enfrentar problemas e são inúmeros os desafios que se colocam à sua conservação. Os diferentes relatórios do IPBES (Plataforma Intergovernamental para a Biodiversidade e Serviço dos Ecossistemas) têm, sistematicamente, alertado para a contínua perda de biodiversidade. No início deste ano, 31 investigadores ingleses, num artigo publicado na revista “Trends in Ecology and Evolution”, identificaram diferentes impactes emergentes que ameaçam a biodiversidade. Estes impactes continuam a reflectir a sobreposição entre os factores decorrentes da actividade humana sobre a biodiversidade e a crescente capacidade tecnológica para os atenuar. Nalguns casos, estes investigadores identificaram novas questões que surgem directamente dos esforços em acabar com a utilização dos combustíveis fósseis, para permitir a redução das emissões de gases com efeito estufa.


O mais importante, neste dia, é reflectir no que estamos a decidir ou a deixar decidir, sem medir as consequências. Que caminhos evolutivos permanecerão abertos e quais os que se fecharão para sempre? Nunca, em tão curto espaço de tempo, uma espécie teve um impacto tão grande na história evolutiva da Terra, como o Homem." Ler mais.



Saudações ecológicas.

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